quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Espelho

Eu vi uma menina. Ela estava com o rosto abatido e molhado enquanto os olhos brilhavam. Estes, perdiam sua cor que deslizava com as lágrimas. Ela estava suja de sangue. Ela agarrava seu braço tingido de vermelho como se fosse cuidar dele. Seu olhar alcançava muitos pontos, mas em nenhum deles ela via motivos para continuar vivendo.

Essa menina sempre quis viver um grande amor. E viveu! Até o momento em que ele se foi e ela pôde perceber que aquela paixão nunca ocorreu e o que a mantinha viva antes era o amor e carinho que somente ela sentia. Nunca, nada alegre para esta menina foi recíproco.

Descobri que essa menina se sente perdida por muitos outros motivos. Ela nunca se sentiu amada por ninguém em nenhuma ocasião. Nunca teve coragem de dizer o que sente e, por isso, escreve. Outro fato sobre ela é que ela gosta de falar sobre si em terceira pessoa.

Eu, contudo, fiquei cansada demais para continuar. Me despedi da menina. Esta do rosto molhado, do corpo sujo de sangue, que estava presa no espelho à minha frente...

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